sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Quando perder é ganhar...


Na publicação anterior, estava tão chateada, tão magoada com algumas pessoas que acabei escrevendo um desabafo, de certa forma até infantil.

Parei, pensei e percebi que as pessoas, por mais amigas que sejam, não tem obrigação de estar disponível para me ouvir a hora que eu preciso. Mas como mera mortal que sou, portanto, egoísta, precisava de muitos e muitos colos para chorar, para conversar.

O que me incomodou não foi exatamente a ausência de algumas pessoas, mas o comportamento delas. A indiferença é uma das coisas que mais causam dor e sofrimento.

Alguns dias depois, eu descobri que aquilo tudo era apenas o começo. E então, eu descobri que perder, em alguns casos, é ganhar.

Como sou muito sentimental, eu choro, me descabelo, mas depois uso a razão. Analisando friamente: foi bom excluir da minha vida pessoas que se dizem amigas, mas que estão presentes somente nos momentos de baderna, e que quando a situação aperta, dane-se, se vira, problema é seu!

Não, esta não é uma publicação amarga. Pelo contrário, é de leveza e paz no coração. Deus é tão maravilhoso, tão sublime que me permitiu conhecer a verdade de cada pessoa. Cheguei a conclusão de que realmente não servem para compartilhar minha vida. afinal, eu tenho valores, sou honesta, tenho caráter. E eu só quero pessoas desse tipo ao meu lado. O resto eu dispenso.

Não desejo nada de mal, nem de bom. Não adianta ser hipócrita e dizer que estou orando por eles, por que não estou. Cínica eu não sou, diferentemente de outros que me desejam todo o mal do mundo e ainda tem capacidade de me dizer que ora por mim. Para quem fala tanto de Deus, de Jesus, estão no caminho errado. Mas, não me preocupo com isso. Afinal, as contas serão acertadas lá em cima, não comigo.

Estive conversando com um colega da faculdade, quando ele comentou algo que achei interessante e que tem a ver comigo:
“Às vezes, não sei como as pessoas me enxergam. Se me vêem como um ditador autoritário, mandão e chato, ou um cara comprometido, responsável e determinado. De qualquer forma, prefiro ser visto como ditador autoritário, mandão e chato, pois até hoje tive êxito em tudo que fiz.”

Sempre, sempre, desde a minha infância eu passei esta imagem às pessoas. Não é apenas imagem, não. Eu sou assim mesmo. Chamo a responsabilidade, planejo, executo e gerencio. É da minha personalidade. E estas características entram em atrito com pessoas desinteressadas, que gostam de se encostar nos outros e depois ganhar ou louros da glória, como estrela do espetáculo. Fazem pouco e acham muito, por que nunca fazem.

Acho engraçado como as pessoas se deslumbram com pouco. Como tem capacidade de se achar melhor por ter um emprego, um carro, até uma nota melhor que o outro. De que adianta tudo isso, se quando morrermos viraremos pó? Só não há possibilidade de irmos para o mesmo lugar...

Ganhei no momento que descobri, ganhei quando deixei de trocar palavras, ganhei quando não cruzei olhares, fortaleci amizades verdadeiras, me protegi da inveja, da falsidade, ganhei qualidade de vida, de alma, de espírito...

Um comentário:

A Palavra Mágica disse...

Oi Flávia, quanto tempo!

Sem querer ser amargo, me lembrei dessa frase: "Quanto mais conheço os homens, mais eu amo o meu cachorro".
Agora estou no blog www.abismonoturno.blogspot.com, ficarei feliz em vê-la por lá.

Beijos!
Alcides