domingo, 26 de abril de 2009

Sobre tudo

Não estou em sintonia com minha inspiração e a possibilidade de registrá-la em papel ou no blog. Sempre que penso, reflito sobre algo que aconteceu comigo, ou com alguém, ou até mesmo sobre o que não aconteceu, não tenho oportunidade de registrar. E quando posso, a inspiração escorregou pelo meu cérebro e pelas minhas mãos.

Por isso, estou afastada do blog. Sinto tanta falta de entrar aqui e ver posts alegres, como aqueles que escrevi logo no início. Quando minha proposta era falar de coisas que eu gosto, pessoas que admiro, porém nas últimas publicações, tenho feito do “De Lua” um diário pessoal mesmo. Entretanto, não vejo isso como algo ruim. Relatando minha vida, tenho a possibilidade de fazer as pessoas refletirem, concordarem ou discordarem comigo.

Minha vida tem sido uma correria só. O trabalho está na reta final. É um fechamento de um ciclo. Como tudo na vida tem um fim, está chegando o momento de dizer adeus. Tenho evitado pensar nisto, mas é inevitável. Lembrar de todos os momentos bons e ruins, altos e baixos, fechar em um pacote e guardar na memória. A tarefa agora é se preparar para não ter um treco dia 29/05. (rsrsrs).

O livro sobre o cinema nacional na década de 70 está caminhando a passos curtos. A tarefa de escrever um livro assusta, mas tem que acontecer. Eu e a Bruna temos recebido apoio de todos os amigos e familiares e isso é importantíssimo para a execução de qualquer tarefa. Vamos conseguir terminar nosso projeto com êxito, se Deus quiser. Falar sobre um assunto tão difícil e delicado como este, não é simples. Precisamos ser prudentes, seguir uma linha de dissertação séria e leve ao mesmo tempo, pois para falar da arte neste período demanda delicadeza. Há histórias de vida, por trás de cada filme. Vivências não só dos autores, diretores e atores, mas também dos espectadores. Ler, não basta. Temos que ver e ouvir estas pessoas. Por isso, a idéia de monografia ficou para trás. Não dá pra falar de um assunto como este, usando somente livros e retratar o menos das pessoas. Temos que dar cara, fisionomia a este movimento artístico e social.

Minha parceira, a Bruna, além de amiga pessoal, é uma excelente colega de trabalho. Tão dedicada como eu, ela possui características que eu não tenho: a coragem da abordagem e da iniciativa. E são as pequenas diferenças que fazem de um projeto um sucesso.

Além do livro-reportagem, faço parte da equipe do blog Arte em Feltro que aborda o universo do artesanato. O tema é o feltro, mas fala também de tudo relacionado a trabalhos manuais. Comparando aos outros blogs da sala, percebo que o Arte em Feltro não possui tantos “seguidores”. Estou tentando entender o motivo e acho que é um tema bem feminino, o que já afasta leitores do sexo masculino. Acho também que é um tema pouco atrativo para quem não valoriza este tipo de arte, ou não conhece, ou não gosta. Tratar deste assunto como fator jornalístico é difícil, mas não impossível.

De forma geral, o blog tenta mostrar a história de vida das pessoas que trabalham com isso, que se dedicam ao artesanato como meio para se manter ou então o pratica como hobby e isso não tem chamado a atenção. Criar polêmica com este tema é complicado e o intuito nem é este, e sim dar vida, rosto às pessoas que tem habilidade e criatividade para criar. Porém, já me sinto vitoriosa, por meu profº ter aceitado o tema e ter deixado abordamos o assunto.

Apesar de não ser tão prestigiado, estou me esforçando para criar boas matérias, fazer boas entrevistas, e tenho sentido o prazer de praticar o jornalismo. Recentemente, fiz uma entrevista com a Juliana Souza que é uma amiga de longa data, contando a sua história de empreendedorismo. Contar uma história como a dela e estimular outras pessoas a começarem um projeto parecido, é também função do jornalista. Difundir a informação, contar histórias em prol do bem da sociedade.

Bom domingo à todos! :)

Um comentário:

A Palavra Mágica disse...

Flávia,

Seu blog tem o nome certo: "De Lua".
Sinto falta dos seus posts alegres ou ácidos. Acho que escreves muito bem.

Beijos!
Alcides